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Unimed Santa Maria e a melhoria na remuneração dos cooperados com o DRG Brasil
A Unimed Santa Maria (RS) relata como a mudança do modelo remuneratório médico, baseado em valor e controlado pela plataforma DRG Brasil, propiciou um modelo de soma positiva que todos os envolvidos saem ganhando, em pouco tempo.
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Entendendo o case
Localizada no Rio Grande do Sul, Santa Maria é um município gaúcho com pouco mais de 283 mil habitantes. A economia da cidade se destaca com a prestação de serviços, entre elas, as atividades do setor público. O município conta com a Unimed Santa Maria, instituição com cerca de 50 mil beneficiários – na sua estrutura, um hospital próprio com 30 leitos que atende urgência adulto e pediátrica, além de oferecer tratamentos para a oncologia, contemplando 28 cidades da região central do estado.
A remuneração médica é o principal mote da cooperativa entre a alta direção e seus cooperados. No seu processo de bonificação está o uso da Tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) sem deflator, bem como a utilização de critérios como atendimento de urgência e emergência. Aqui, o médico cooperado recebe por 2h de atendimento cerca de 30% a mais na remuneração.
Segundo o vice-presidente da Unimed Santa Maria, Cláudio Azevedo, mesmo com os esforços para melhorar o esquema de codificação dos cooperados, a USM necessitava garantir a sustentabilidade da operadora. A virada de chave ocorreu com a redução do desperdício e para isso o DRG Brasil foi fundamental.
Em setembro 2018, a instituição iniciou a capacitação da equipe técnica para condução do projeto
Remuneração Baseada em Valor para o médico cooperado. Com ela, as codificações de alta dos pacientes no DRG Brasil também integravam o cenário. Em 2019, a USM inaugurou os trabalhos com a codificação de admissão e em 2020, avançaram no uso da plataforma para codificação do Hospital São Francisco e, logo em seguida, no maior hospital prestador do Rio Grande do Sul, o Hospital Caridade.
Durante o projeto, foram realizados diversos encontros com a Alta Gestão do Grupo IAG Saúde, inclusive com o cofundador da plataforma Valor Saúde Brasil by DRG Brasil, Dr. Renato Couto, para discussão de temas como redução do custo assistencial e melhoria no atendimento aos beneficiários. O objetivo do projeto era aumentar em 30% a remuneração médica tendo como base a tabela CBHPM e utilizando somente o custo do desperdício hospitalar.
Com a implantação do DRG Brasil na Unimed Santa Maria foi possível identificar os seguintes pontos:
No período de setembro de 2018 a abril de 2021, a USM constatou que, das 2.236 altas codificadas, houve um desperdício de 3.729 diárias hospitalares – o que corresponde a 1,6 diárias excedidas por alta.
Com a fórmula taxa de ocupação (Tempo de permanência e Fator de Utilização de Leitos) foi possível reconhecer o quanto era necessário economizar para pagar aos médicos cooperados o bônus de 30%.
O maior prestador da USM, a Unimed Nordeste RS, visualizou a oportunidade de redução de desperdício em 1,1 diárias entre abril e agosto de 2021.
Os resultados assistenciais e econômicos da Unimed Santa Maria com o DRG Brasil são notáveis. Veja como a ferramenta contribuiu para a entrega de valor da instituição:
No primeiro semestre de 2021 os valores pagos aos médicos com acréscimo de 30% no honorário foi em torno de R$ 322.847,61 .
O valor da redução no tempo médio de internação foi de R$ 394.676,79, levando ainda um saldo positivo para a cooperativa de R$ 71.829,19.
Os números falam por si só e para o futuro, a Unimed Santa Maria pretende utilizar os cálculos de entrega de valor avaliando a pertinência do cuidado relacionado ao desperdício e desfecho assistencial para garantir a sustentabilidade da instituição e o pagamento dos seus cooperados.
Confira na íntegra a apresentação da Unimed Santa Maria com Cláudio Azevedo e saiba como melhorar o modelo remuneratório médico na sua instituição de saúde.