Para entregar valor em saúde as organizações precisam transformar seus processos assistenciais e gerenciar seus custos. Nesta apresentação, o Prof. Nita, especialista no tema, fala sobre a experiência internacional e a brasileira na entrega de valor ao paciente.
Vivemos um momento de grandes desperdícios na área da saúde. O uso de serviços, muitas vezes excessivo, gera elevados custos administrativos e contribui para a falta de coordenação de cuidados, gerando um impacto bastante desfavorável no setor. É em função deste cenário que Porter e Teisberg elaboraram o livro “Repensando a Saúde”. Na obra, os autores propõem valores mensurados por resultados centrados no paciente e custos por todo ciclo de cuidados, tendo em vista as crescentes dificuldades enfrentadas pelos sistemas de saúde e os próprios pacientes em todo o mundo. Daí que surge o conceito de valor em saúde.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com o Projeto Modelos de Remuneração Baseados em Valor, apresenta formas de implementar em organizações brasileiras estratégias de modelos de pagamento adequadas para a sustentabilidade do sistema suplementar, de acordo com cada contexto clínico. Vários projetos participantes utilizam o DRG Brasil como plataforma de entrega de valor.
DRG (Grupos de Diagnósticos Relacionados) é uma metodologia que realiza a classificação de pacientes internados em hospitais em grupos homogêneos. No caso do DRG Brasil, leva-se em conta a complexidade assistencial do paciente e o perfil do sistema de saúde brasileiro, o que permite a previsão acurada de recursos e desfechos para cada categoria DRG.
O professor Marcelo Nita, palestrante da Jornada Valor em Saúde Brasil, explica que para gerar o produto DRG, além do input dos dados de saúde do paciente, é importante considerar na análise:
Fazendo esse cálculo com o uso de algoritmos, é possível avaliar o nível de lucratividade de cada DRG. A metodologia deve ser utilizada com a possibilidade de categorização pelo risco de severidade das diversas condições, estratificando os procedimentos com custos relativamente homogêneos, permitindo assim o cálculo de valor em saúde conforme proposto pela ANS e por Porter e Teisberg.
O Prof. Nita atesta que ferramentas de mensuração de custos são essenciais para que possamos evoluir na busca da sustentabilidade do setor saúde. No entanto, o foco deve ser sempre o paciente e suas necessidades, por isso é essencial trabalharmos para melhorar a experiência e os desfechos que importam para o usuário do sistema.
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